Você sabia que a dificuldade ao se abaixar pode ser a perda de mobilidade articular
De repente, você descobre que ações simples, como se curvar para pegar coisas e fazer tarefas domésticas, são difíceis de realizar. Agora, por quê? A resposta pode estar na falta de mobilidade articular, que pode começar a aparecer em qualquer idade quando deixamos de usar com frequência a nossa articulação, mas com maior frequência aos 40 anos e se tornar mais evidente aos 50.
A mobilidade articular é a capacidade de uma articulação do corpo se mover dentro de sua amplitude e em diferentes planos de movimento. Depende tanto da mobilidade dos ossos que formam a articulação e da cartilagem que existe entre eles, quanto da flexibilidade dos músculos que facilitam o movimento desejado. A mobilidade articular é importante para que o corpo se movimente da maneira mais adequada.
O que causa a perda da mobilidade?
Danos nas articulações, inatividade e envelhecimento são algumas das causas da perda da mobilidade articular.
Com o passar dos anos, o desgaste natural do corpo começa a apresentar os primeiros sintomas: dores musculares, falta de mobilidade articular, perda de equilíbrio e força. O resultado dessa combinação é a perda da mobilidade na vida adulta, chegando até a um estado de dependência e incapacidade. Esse é um processo gradativo, e muitas vezes a família não percebe até a situação ficar crítica.
Ao longo da vida de uma pessoa, além da diminuição da produção do líquido sinovial responsável pela lubrificação, é esperado que ocorra naturalmente um processo degenerativo de desgaste nas camadas de osso e cartilagem entre as articulações, dificultando a movimentação de diferentes partes do corpo. Esse processo pode até ser acelerado após a menopausa para mulheres e pessoas com condições como artrose e artrite.
Artrose é bastante comum entre idosos
A artrose, também conhecida como osteoartrite, osteoartrose, coxartrose ou doença articular degenerativa, é o desgaste da cartilagem na articulação que existe entre os dois ossos. Causa dor, causa uma rigidez e restringe o movimento entre os ossos. Os adultos mais velhos podem ter dificuldade em andar devido à dor e ao movimento articular limitado.
A osteoartrite acomete na sua grande maioria as mulheres, mas também existem locais onde é mais comum em mulheres, como mãos e joelhos, e em homens, como a articulação quadril (do fêmur à pelve). Aumenta a cada ano e é menos comum antes dos 40 anos e mais frequente após os 60 anos. Segundo a SBR (Sociedade Brasileira de Reumatologia), aos 75 anos, 85% das pessoas apresentam evidência radiológica ou clínica da doença, mas apenas 30% a 50% das pessoas com alterações no raio-x queixam-se de dor crônica na região do quadril.
Artrose afeta a vida dos idosos
A perda de mobilidade articular pode afetar todas as atividades diárias em idosos, desde o autocuidado, como tomar banho, escovar os dentes, comer, pentear o cabelo, caminhar, sentar e levantar, subir e descer escadas, agachar, mudar de posição na cama e entre outras.
Por causa dessa perda, os idosos podem se tornar dependentes, deixar de sair, socializar e, às vezes, não podem mais ficar sozinhos em casa. Para evitar que essa situação se agrave, o indivíduo precisa estar sempre ativo o tempo todo.
A importância da atividade física no tratamento
Nesse caso, a redução do uso das articulações é relevante, pois os músculos seguem as leis de uso e desuso. Portanto, a atividade física é sempre recomendada como medida terapêutica para pacientes com osteoartrite. Ao mesmo tempo, a dor e a rigidez devem ser controladas por meio de outras medidas para que o exercício seja viável.
O uso de medicamento no tratamento
O uso de medicamentos específicos é outro ponto essencial do tratamento que auxilia no controle das dores e ajuda na saúde da cartilagem. Vale lembrar que a osteoartrite envolve o desgaste da cartilagem nas extremidades dos ossos, levando a articulação a sofrer atritos de osso com osso.