Você tem sentido dor nos joelhos ao correr, saltar, descer e subir escadas? Agachar e permanecer longos períodos sentado com as pernas flexionadas têm sido uma grande tortura? Pode ser que você esteja com condromalácia patelar, lesão que, segundo pesquisas, afeta 15% a 33% da população adulta e 21% a 45% dos adolescentes.
Conhecida também como “joelho de corredor”, a condromalácia patelar ocorre devido a um amolecimento da cartilagem que reveste o osso da patela. Mais frequente em mulheres, devido a fatores anatômicos neuromusculares e hormonais, a lesão, além dos corredores, acomete atletas de alto impacto ou que praticam musculação mal orientada.
Algumas vezes assintomática, a condromalácia, na maioria das vezes, surge ao início de uma atividade física, como corrida ou musculação. Quando o paciente apresenta sintomas, ele costuma sentir uma dor na região anterior do joelho, mais especificamente em volta ou mesmo atrás da patela, que começa lentamente e sem episódios traumáticos específicos.
Classificados em quatro graus, divididos em níveis progressivos de gravidade, o “joelho de corredor” também tem como sintomas barulhos nos joelhos, que costumam ocorrer ao agachar e levantar, podendo ou não ser acompanhados de dor. Além disso, após atividades mais vigorosas ou prática de exercícios, os membros inferiores costumam inchar.
Para quem apresenta a lesão, preparamos uma lista de 7 dicas, que vão esclarecer as principais dúvidas sobre o assunto!
1 – Busque por um bom profissional
Se você está com alguns dos sintomas da condromalácia patelar, a atitude mais recomendada a se fazer é buscar por um especialista, que será o responsável por orientar sobre quais ações devem ser tomada para tratar da lesão.
É essencial que o profissional escolhido tenha conhecimento sobre o assunto e esteja em constante atualização por meio de especializações, pós-graduações, integre grupos de especialistas e que alie a ciência com a experiência.
2 – Realmente é condromalácia patelar?
Após a orientação de um especialista, o caminho mais indicado a seguir é a realização de exames, como a ressonância magnética. Por meio das imagens é possível descobrir se o paciente está ou não com condromalácia patelar. É preciso ter em mente que pessoas acima dos 30 anos podem apresentar degeneração cartilaginosa.
Dessa forma, a fonte da dor pode estar em outros locais, como nos tendões quadricipital, patelar, pata de ganso, trato iliotibial, desequilíbrios musculares, entre outros. Devido a esse motivo que é tão importante ter o acompanhamento de um profissional, capaz de fazer um diagnóstico preciso e indicar o melhor tratamento.
3 – Chegou a hora de rever os treinos
Você costuma correr sem acompanhamento de um treinador especializado? Percebe que é capaz de aguentar mais peso na musculação e muda, sem orientação, a intensidade do seu treino? Essas atitudes podem ter como consequência o desenvolvimento da condromalácia patelar!
Por isso, a orientação profissional se faz necessária! É por meio dela que o “joelho de corredor” e outras lesões podem ser evitadas. Fique atento às suas atitudes e siga sempre as recomendações de um especialista, a única pessoa capaz de determinar a intensidade e a duração do seu treino!
4 – Tenha atenção com o seu peso
Você sabia que para cada passo que a pessoa dá, duas a quatro vezes do seu peso corporal é transmitido por meio da articulação do joelho? Isso quer dizer que: quanto mais você pesa, mais forte será o impacto em seu joelho. Segundo estudos, quando há a perda de 10 quilos de peso, há a redução em até 20% da dor para joelhos com artrose.
5 – Reabilitação é um caminho essencial
A reabilitação deve ser acompanhada por um fisioterapeuta, o responsável por orientar quando será o momento mais indicado para a retomada da prática de atividade física. Nesse período, ocorre a ativação muscular e a manutenção do arco de movimentos das articulações, além do controle de edema.
A manutenção da performance cardiorrespiratória também é importante nesse estágio. Por isso, pode ser recomendada a realização de algumas modalidades, como natação, deep-running, spinning ou cicloergômetro de membros superiores, para que a perda aeróbica seja minimizada.
6 – Cuidado com o reaparecimento da lesão!
Para evitar que ocorra o reaparecimento da condromalácia patelar, é preciso avaliar e corrigir os fatores que possam ter como consequência o ressurgimento da lesão. Para isso, a realização de alguns testes é necessária, como de força e equilíbrio musculares, avaliação de pisada e funcionais biomecânicos.
Nessa etapa, o fortalecimento muscular é intensificado e, se possível, deve ser acompanhado por um treinador. O treino de agilidade motora, também chamado de pliometria, também é realizado, com base no gesto esportivo da atividade que o paciente pratica.
7 – Está preparado para retomar ao esporte?
A retomada ao esporte é um dos momentos mais esperados por qualquer atleta. No entanto, é preciso ter muita atenção nessa etapa. Isso porque as alterações estruturais e metabólicas devem ser lentamente trabalhadas, para que não haja sobrecarga. Afinal, ninguém deseja ser acometido com a condromalácia patelar novamente, não é mesmo?
Para avaliar se o atleta está em perfeitas condições para voltar a praticar a sua atividade física, uma série de exames é realizada, como teste ergométrico, exames laboratoriais, como triagem metabólica e hormonal, além de orientações nutricionais. Também ocorre o preenchimento de uma planilha destinada ao retorno ao treino.
Você já sofreu de condromalácia patelar? Apresentou alguns dos sintomas presentes neste artigo? Responda essas perguntas nos comentários e compartilhe com os amigos no Facebook!